Minoria cristã do Sri Lanka sofre discriminação de muçulmanos e budistas
Os brutais ataques terroristas que mataram mais de duas centenas de pessoas no Sri Lanka, neste domingo de Páscoa, tiveram como alvo principalmente hotéis frequentados por estrangeiros e igrejas. As táticas e os locais dos ataques coincidem com o histórico do terrorismo islâmico em todo o mundo, em especial pelo uso de homens-bomba. O governo do Sri Lanka, porém, ainda não divulgou o perfil dos suspeitos presos, deixando no ar qual seria a motivação dos ataques.
A violência sectária não é novidade no país, que viveu uma guerra civil encerrada há dez anos. De vez em quando, estouram pequenos focos de conflitos entre budistas e muçulmanos. O mais recente foi em março de 2018, quando boatos espalhados pelas redes sociais levaram budistas a atacar muçulmanos, que representam 10% da população.
A minoria cristã, que representa 6% da população, sofre perseguição tanto por parte da maioria budista quanto de muçulmanos. Mas, segundo a organização Portas Abertas (Open Doors), que atua na defesa da liberdade religiosa de cristãos, os maiores responsáveis pela discriminação de cristãos são grupos extremistas budistas. "Cristãos são retratados de maneira negativa na imprensa, e histórias falsas levam a ataques violentos contra os fiéis. Quem persegue cristãos raramente é punido." Este ano, monges budistas invadiram uma igreja com o intuito de interromper a missa. No ano passado, segundo uma associação de igrejas evangélicas local, foram registrados 86 casos de discriminação, ameaças e violência contra cristãos.
Os brasileiros estão acostumados a ver o budismo como uma crença intrinsecamente pacífica. Mas a contradição acompanha o ser humano, que frequentemente age de maneira contrária aos preceitos que prega, em qualquer lugar do mundo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.