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Diogo Schelp

Apoio popular à reforma da Previdência aumentou, mostra pesquisa

Diogo Schelp

08/07/2019 13h57

(Foto: Agência Brasil)

A mais recente pesquisa XP/Ipespe, realizada entre os dias 1º e 3 de julho com 1.000 entrevistados, mostra que o apoio à reforma da Previdência, que pode ter votação decisiva esta semana, aumentou entre a população. O apoio maior, porém, não é pela aprovação integral da reforma. De fato, cresceu a proporção dos entrevistados que acreditam que a reforma será aprovada com muitas alterações no texto original.

Como se pode ver no gráfico abaixo, 65% dos entrevistados consideram a reforma da previdência necessária, enquanto 29% discordam dessa afirmação. Essa convicção, porém, já foi maior em janeiro, quando o otimismo em relação ao governo de Jair Bolsonaro, recém-inaugurado, também era mais alto.

O dado mais interessante da pesquisa é o que mostra que o apoio à aprovação da reforma aumentou. Em maio, 22% dos entrevistados eram contra a reforma, mesmo admitindo que ela é necessária. A proporção dos resistentes caiu para 12% na mais recente rodada da pesquisa, como mostra o gráfico abaixo. Ao mesmo tempo, os entrevistados que querem ver a reforma aprovada mesmo não concordando totalmente com ela aumentou 9 pontos percentuais desde maio. O total de brasileiros que são a favor da aprovação da reforma aumentou de 44% em maio para 56% na última pesquisa.

Ao mesmo tempo, conforme a reforma avança no Congresso, aumenta a expectativa entre a população de que ela será aprovada — mas com mudanças. A proporção de entrevistados que acreditam que ela será aprovada integralmente caiu de 11% para 8%, como se vê no gráfico abaixo. Já os que acham que será aprovada com alterações passaram de 44% para 47% e os que acreditam que o texto original terá muitas mudanças aumentaram de 19% para 25%. Ou seja, sete em cada dez brasileiros acreditam na aprovação de uma versão alterada da reforma. A proporção dos que acreditam que ela não será aprovada caiu de 20% para 15%.

Sobre o Autor

Diogo Schelp é jornalista com 20 anos de experiência. Foi editor executivo da revista VEJA e redator-chefe da ISTOÉ. Durante 14 anos, dedicou-se principalmente à cobertura e à análise de temas internacionais e de diplomacia. Fez reportagens em quase duas dezenas de países. Entre os assuntos investigados nessas viagens destacam-se o endurecimento do regime de Vladimir Putin, na Rússia, o narcotráfico no México, a violência e a crise econômica na Venezuela, o genocídio em Darfur, no Sudão, o radicalismo islâmico na Tunísia e o conflito árabe-israelense. É coautor dos livros “Correspondente de Guerra” (Editora Contexto, com André Liohn) e “No Teto do Mundo” (Editora Leya, com Rodrigo Raineri).

Sobre o Blog

“O que mantém a humanidade viva?”, perguntava-se o dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Essa é a pergunta que motiva esse blog a desembaraçar o noticiário internacional – e o nacional, também, quando for pertinente – e a lançar luz sobre fatos e conexões que não receberam a atenção devida. Esse é um blog que quer surpreender, escrito por alguém que gosta de ser surpreendido.