67% ainda veem sintonia entre Bolsonaro e Moro, segundo pesquisa XP/Ipespe

Jair Bolsonaro e Sergio Moro (Rodolfo Buhrer/Foto Arena/Estadão Conteúdo)

Pesquisa XP/Ipespe realizada entre os dias 27 e 29 de agosto confirma a tendência de queda da popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Seu governo é avaliado como ruim ou péssimo por 41% dos entrevistados. Na rodada anterior, em meados de agosto, a proporção era de 38%. Apenas 30% consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom, uma queda de 3 pontos percentuais, enquanto 27% avaliam como regular e 2% não responderam.

Em uma semana em que o apoio de Bolsonaro ao seu ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, foi colocado em dúvida, a pesquisa perguntou aos entrevistados se, na opinião deles, na maior parte do tempo eles trabalham com muita sintonia, alguma sintonia ou nenhuma sintonia.

O resultado sugere que os sinais de distanciamento entre os dois não tiveram grande impacto na opinião pública: 29% acham que há muita sintonia entre os dois e 38% indentificam alguma sintonia. A soma dos que veem muita ou alguma sintonia entre o presidente e o ministro, portanto, é de 67% dos entrevistados. Um em cada quatro entrevistados avaliam que eles trabalham sem sintonia e 8% não sabiam ou não responderam.

Moro continua sendo o maior guardião da causa anticorrupção, na avaliação dos entrevistados. Ele é quem mais representa o combate à corrupção para 38% dos brasileiros, enquanto 24% acham que esse papel cabe a Bolsonaro e 18% entendem que a função cabe ao dois igualmente. Os entrevistados que não veem nenhum dos dois como os maiores representantes do combate à corrupção somam 16%.

As intervenções de Bolsonaro na Polícia Federal e na Receita Federal foram vistas como negativas pela maioria absoluta dos entrevistados. Nada menos que 55% disseram que essas ações podem prejudicar o combate à corrupção, enquanto 35% acham que não podem prejudicar e 10% não sabiam ou não responderam.

Foram realizadas 1.000 entrevistas em nível nacional, entre os dias 27 e 29 de agosto.