Em 2015, China prometeu US$ 50 bi que nunca foram investidos
De Riade*
O anúncio tem potencial para ser a maior conquista da viagem do presidente Jair Bolsonaro aos países árabes: um acordo para que o fundo soberano saudita invista 10 bilhões de dólares em projetos no Brasil. Apesar disso, quem deu a boa notícia aos jornalistas reunidos na porta do Hotel Intercontinental, em Riade, na Arábia Saudita, nesta terça-feira (29), não foi Bolsonaro, mas os ministros Onyx Lorenzoni e Ernesto Araújo.
A rigor, ainda não foi assinado nenhum contrato. O que houve foi uma declaração conjunta afirmando o interesse do Fundo de Investimento Público (FIP) de "explorar potenciais oportunidades de investimentos" no Brasil. São promessas boas, mas promessas. Enquanto não houver contrato assinado, obviamente não há dinheiro.
Faz sentido conter o entusiasmo diante de anúncios assim. O passado não muito distante guarda algumas frustrações nascidas de promessas similares.
Em 2015, por exemplo, a presidente Dilma Rousseff recebeu no Palácio do Planalto, em Brasília, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang. Ao final, anunciou com grande fanfarra um acordo para receber 50 bilhões de dólares em investimentos em infraestrutura no Brasil, via bancos de fomento chineses, principalmente para a construção de uma ferrovia que conectaria os oceanos Atlântico e o Pacífico. A promessa nunca saiu do papel.
* O jornalista viajou a convite do governo da Arábia Saudita.
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