Prefeito de NY que barrou Jair Bolsonaro já fez isso antes
Bill de Blasio, prefeito de Nova York, nos Estados Unidos, conseguiu, mais uma vez, causar um fuzuê em torno de um fato que em nada vai melhorar a vida dos cidadãos da cidade. Depois que o político do Partido Democrata fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro, chamando-o de perigoso, racista, homofóbico e destruidor da Amazônia, o Museu Americano de História Natural de Nova York cedeu à sua pressão e recusou-se a sediar um jantar de gala da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos que teria o brasileiro como homenageado.
Qualquer pessoa tem o direito de achar que Bolsonaro é perigoso, inclusive por outros motivos. Mas é difícil encontrar algum que tenha a ver com a cidade de Nova York. A verdade é que Bill de Blasio é um populista de esquerda (ou pelo menos tenta sê-lo) com planos quixotescos de alçar vôos políticos nacionais e que, para isso, gasta tempo com picuinhas inúteis para chamar a atenção de eleitores democratas de outras cidades e estados. Uma das maneiras de fazer isso é melar eventos que sirvam de palanque para líderes e ideólogos de direita.
Em outubro do ano passado, por exemplo, o prefeito pediu à Universidade de Nova York que adiasse uma palestra do inglês Milo Yiannopoulos, um agitador da direita conservadora, marcada para o dia de Halloween. As participações de Yiannopoulos em debates universitários costumam atrair protestos conturbados de estudantes progressistas. A alegação da prefeitura para pedir o "adiamento" — um eufemismo para "cancelamento" — era de que, por ser Halloween, a polícia não teria condições de garantir a segurança do evento. Organizações de defesa da liberdade de expressão criticaram o pedido da prefeitura, dizendo que a preocupação com segurança se tratava de um franco exagero que feria o livre debate de ideias. Afinal, Yiannopoulos faria o seu discurso a uma classe pequena, de apenas catorze alunos. Ficou parecendo que De Blasio tem é medo de fantasmas. Ou então que ideias de direita é coisa de bruxo, que enfeitiça as pessoas e as convence a fazer o mal.
O fato é que, assim como no episódio de Bolsonaro, a pressão censora do prefeito deu certo. A universidade cancelou a palestra de Milo Yiannopoulos.
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