Suspeita de que míssil russo derrubou avião no Irã lembra episódio de 2014
Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (9) pela imprensa americana, oficiais dos Estados Unidos e do Iraque afirmam que o Boeing 737 da Ukraine International Airlines que caiu no Irã horas depois de um ataque do país a bases militares no Iraque pode ter sido derrubado por engano por mísseis antiaéreos iranianos, que estavam de prontidão para uma eventual retaliação americana.
O presidente americano Donald Trump também afirmou vagamente que a queda do avião, que resultou na morte de 176 pessoas, em sua maioria cidadãos canadenses, pode ter sido "um erro", não um acidente.
Acredita-se que o voo PS752 da companhia ucraniana tenha sido derrubado pelo sistema antiaéreo de curto alcance Tor-M1, de fabricação russa e conhecido na Otan pelo nome Gauntlet.
Se a informação se confirmar, consistirá em uma incrível e mórbida coincidência: em 2014, um Boeing 777-200 ER da Malaysia Airlines que fazia o percurso Amsterdã-Kuala Lumpur foi abatido no espaço aéreo da Ucrânia por um míssil antiaéreo russo, causando a morte de 298 pessoas. O sistema antiaéreo utilizado foi o Buk-M1, de médio alcance.
Em junho do ano passado, três cidadãos russos e um ucraniano foram acusados de serem os culpados pelo disparo contra o voo MH17. O indiciamento foi feito por um grupo de investigação liderado por procuradores holandeses. O julgamento do caso está marcado para março deste ano, na Holanda.
Os cidadãos russos citados no caso são ex-militares com altos cargos no território controlado por rebeldes apoiados pelo Kremlin leste ucraniano. O governo de Vladimir Putin, porém, nega que eles sejam culpados e que o avião tenha sido derrubado por armamentos russos.
A maior diferença entre os dois casos é que os holandeses suspeitam que a derrubada do MH17 foi proposital, enquanto a hipótese com que até os militares americanos trabalham é que o suposto disparo contra o PS752 tenha ocorrido por engano.
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